Não somos jovens ... Não!

O estereótipo de educador de infância 

SÃO JOVENS!

SÃO MUITO DIVERTIDAS!

SÃO BRINCALHONAS!

SÃO UMAS QUERIDAS!......................................................................................................................................E Cheias de jeitinho, gostam tanto de brincar com as crianças e e e e e e por aí fora!....

...ESTEREÓTIPO, pois é!

     
   As(Os) educadoras (es) de hoje não são jovens... são gente de meia idade ou já um pouco mais além! Basta ter por referência o Quadro de Agrupamento onde pertenço... tudo pelos 50 ou e tais! 

       Podemos ser adjetivadas(os) de muita coisa mas o que realmente somos é:

• Dinamizadoras de aprendizagens que levam à aquisição de competências por parte das crianças.
• Organizadoras de espaços agradáveis onde decorrem as aprendizagens (e por vezes não é fácil com edifícios e materiais  degradados), de reuniões, de festas de momentos especiais na vida do Jardim...
• Diplomatas na gestão da vida de um micro grupo social e relações estabelecidas entre todos: crianças, pessoal da equipa, pais, direções de agrupamento, autarquias...
• Observadoras na medida em que tudo deve ser observado na vida do Jardim de Infância para nada escapar à malha das avaliações de cada criança, suas evoluções... ... 
• ...Anotadoras permanentes e no tempo todo... sim porque tudo o que é observado tem de ser registado...
• Programadoras, sim porque é através da planificação que se definem atividades a desenvolver para a dita aquisição de competências, quer para o grupo, quer para uma determinada criança...
• Avaliadoras de tudo: crianças, atividades, projetos, relações... e até para cúmulo muitas vezes dos seus pares, no caso da avaliação de colegas!...
• Coordenadoras: quando coordenam um departamento...
• Gestoras de relações inter-pessoais 

...e podia continuar a definir um rol infindável de tarefas, que eu tão bem conheço porque fazem parte da minha vida profissional... 

... voltando às educadoras jovens e  após a notícia acerca da média de idades dos docentes e percentagens de baixas por doença...  pois é .... o estereótipo aqui não entra! Estamos quase todos  acima da meia idade e suas consequências e, isso  leva-me à seguinte reflexão, (no alto dos meus  55 anos), que vai além da discussão de qualquer estereótipo da classe, estaremos nós daqui a 10 ou mais anos com capacidades físicas e mentais que nos permitam responder a todos os desafios da educação e no meu caso da educação pré-escolar?!
 Não esqueçamos que trabalhar numa sala de JI com um grupo de crianças, 25, cujas idades vão dos 2 anos e tal aos 6 não é o mesmo que debitar matérias num anfiteatro de uma qualquer faculdade...

A REFLETIR por todos!